segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

CRIAÇÃO DA AME E SURGIMENTO DA CBN



A primeira pessoa a pensar na importância de redirecionar estas 52 igrejas recém desligadas da CBB, foi Ilton Quadros, na época, pastor da Igreja Batista do Barreiro, em Belo Horizonte (MG), que conversando com Pr. Artur Freire (Vitória da Conquista - BA), viram que não era bom erguer a bandeira de uma nova convenção, devido aos acontecimentos, então, sugeriram a criação de uma Ação Missionária. Em Janeiro de 1966, organizou-se, a Ação Missionária Evangélica, cuja a sigla era AME. No início houveram confusões, pois um grupo pensava em uma AME batista e outro em uma AME para todos os evangélicos renovados. Esta hetegeneidade trouxe um certo desassossego, mas foram dias de grandes bênçãos. Houveram muitos Encontros de Renovação Espiritual e a obra do Espírito Santo se fez, produzindo plantas que ainda hoje frutificam para a glória de Deus. Era necessário organizar o trabalho, reestruturá-lo e unificá-lo, e somente uma convenção ofereceria balisas seguras para o prosseguimento da obra avivada e nos moldes democráticos que caracterizam as igrejas batistas. Então, em Julho de 1967 os Estatutos da AME foram reformados. As Igrejas não batistas se desligaram da AME e cada qual se organizou de acordo com suas características históricas. Em 16 de setembro de 1967 a AME passou a se chamar Convenção Batista Nacional, por ocasião da primeira Assembléia Geral, realizada na Igreja Batista da Lagoinha em Belo Horizonte (MG), com a presença de 43 mensageiros, representantes de 19 igrejas. Logo após a organização oficial, a CBN fez constar de seu estatuto um importante artigo, em meio à série de outros que a regulamentam e direcionam os trabalhos e toda a filosofia religiosa desta instituição. É ele o primeiro artigo do estatuto. O que discorre sobre o caráter associativista da instituição enquanto órgão que “congrega igrejas que pugnam por uma genuína renovação espiritual, crentes no batismo do Espírito Santo e nos dons espirituais, como realidades para a Igreja de Cristo presente no mundo”. Este foi o início de um trabalho árduo que já completou 35 anos, e que os Batistas nacionais podem celebrar e engrandecer a Deus pelas grandes obras realizadas. Como bem disse Paulo: “em tudo, já somos mais que vencedores”. Certamente, a infalível confiança de que Deus está no comando desta Obra será sempre o indicativo para novas e audaciosas conquistas pautadas pelo discernimento e pela aceitação de desafios. 35 ANOS - A RELEVÂNCIA DA REPRESENTATIVIDADE A Convenção Batista Nacional completou trinta e cinco anos de existência. É uma boa oportunidade para celebrarmos Deus, celebrarmos Sua graça e celebrarmos Sua fidelidade. A obra de Renovação Espiritual, fruto do mover do Espírito Santo, gerou incontáveis frutos para a glória de Deus e a obra cresceu. Temos hoje uma história, uma identidade, um cabedal de valores da maior importância, que são as pessoas, homens e mulheres, “valentes do Senhor”, que fazem desta Convenção relevante e, hoje, reconhecida. No intrincado mundo do sistema democrático, é extremamente importante a representatividade. Quanto maior a representatividade, maior a força deste grupo, bem como maior o poder de influência. Por isso, uma igreja independente não terá a força dentro do contexto temporal, do que muitas reunidas e unidas em uma convenção. E várias convenções unidas terão maior força ainda, se estiverem trabalhando unidas no convívio nacional. A partir daquilo que esperamos de uma convenção como identidade e apoio de ministérios, é importante pensar sobre a relevância da representatividade, que por si só, justifica sua existência. Dentro desta perspectiva, precisamos buscar afirmar nossa identidade, afinando com o propósito de Deus, fortalecer nossa representatividade como um povo que quer fazer diferença, porque é relevante. É bem verdade que há forças ocultas carregadas de malignidade interessadas na quebra da fraternidade e da representatividade. Oportuno é lutarmos, porque esta é a hora da CBN amadurecer e saber conviver com suas próprias diferenças, sem negociar com o pecado. Na esperança de um novo mover de Deus.

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